Eu e Mary viajamos por
alguns dias para uma excelente pousada. Pensei que enfim iria
descansar, no entanto passei a ter pesadelos constantes com um certo
templo onde fanáticos cantavam uma música que me provocava arrepios
de medo. Havia fogo por todos os lados, mas meu desespero maior era
ver uma linda jovem morrendo baleada.
Mary me disse que
cheguei a chamar pelo nome de Elizabeth enquanto dormia. Se ela não
soubesse quem era Elizabeth, eu estaria muito encrencado.
Contei-lhe sobre o anel que Holmes havia encontrado na gaveta do tal professor Moriarty e o quanto isso havia me perturbado. Mesmo vendo o meu amigo tranquilo em meu casamento, eu sabia o quanto aquele anel o estava torturando.
Quando eu e Mary voltamos da viagem, fui correndo ao apartamento ver como estava Holmes e pedi a Senhora Evelyn que me anunciasse.
- Que história é essa de ser anunciado Watson, vai fazer cerimônia depois de tantos anos de convivência? - estranhou ele.
- Ora Holmes, como eu não moro mais aqui, achei que seria educado. - justifiquei-me.
- Poupe-me da sua educação. Como foi a viagem? Já se separou de Mary? - brincou ele.
- A viagem foi excelente e não haverá separação. A propósito, no dia do meu casamento estava tão nervoso que sai com as chaves do apartamento em meu bolso; vim devolver-lhe.
Eu realmente só havia me dado conta de que continuava com as chaves quando já estava na pousada.
- Fique com elas. Ainda acredito que Mary, um dia, irá recuperar a sanidade e se livrará de você. - disse-me não aceitando receber as chaves.
- Por que está irritado? O que aconteceu? - percebi o seu mau humor.
- Meu gato foi sequestrado. - respondeu-me Holmes indignado.
- O quê? Aquele gato feio? Quem o sequestraria? - achei que fosse uma piada.
- Aquela maluca que você fez questão de me apresentar! - contou-me.
- A Senhora Reece? Por que acha que ela sequestraria seu gato? - perguntei-lhe, não acreditando.
- Ela veio aqui várias vezes e eu não a recebi. Ontem me deixou isto. - estendeu-me um bilhete muito perfumado.
A escrita delicada dizia: “Querido Sherlock. Seu gato está comigo. Se o quiser de volta, terá que vir buscá-lo em minha casa. Com carinho, sua Lana”.
- O que vai fazer? - perguntei rindo.
- Vou arrumar outro gato! Mingau que se conforme em ser refém daquela doida. - disse-me Holmes inconformado.
Senhora Evelyn entrou na sala para anunciar outra visitante.
- Senhor Holmes, a dona do perfume da carta está na portaria em pessoa e muito mais perfumada do que a carta. - brincou a senhora.
- Trouxe o Mingau? - perguntou Holmes apreensivo.
- Graças a Deus, nem sinal daquele gato horroroso. - respondeu a sincera criada.
- Então, por favor, Senhora Evelyn, diga a sequestradora que estou muito ocupado e não vou recebê-la, nem hoje e nem nunca. - pediu meu amigo.
- Holmes, por favor, a Senhora Reece quer apenas brincar com você. Vamos recebê-la e deixe que eu a convenço a devolver o seu gato. - me ofereci para resolver o sequestro.
- Não estou gostando desta ideia, Watson. - duvidou Holmes.
- Confie em mim. Por favor, Senhora Evelyn, diga à Senhora Reece para entrar. - pedi a criada.
Senhora Reece estava linda como de costume. Holmes e eu nos levantamos para recebê-la.
- Até que enfim, Sherlock! Como vai, Doutor? - disse-nos muito graciosa.
- Muito bem Senhora Reece, e fico feliz em revê-la. Sente-se. - cumprimentei-a.
- Estou cuidando muito bem do nosso gato, Sherlock. - contou ela sorrindo.
- Por favor, só me chame por "Senhor Holmes", e quanto ao gato, faça bom proveito dele. - respondeu-lhe meu amigo aborrecido.
- Perdoe Senhora Reece, Holmes está um pouco chateado pela falta daquele bicho esquisito. - desculpei-me com ela pela grosseria dele.
- Tudo bem. Sherlock, lhe trago boas notícias. O professor Moriarty será homenageado em um baile muito reservado e para poucos convidados. Claro que, como viúva de seu grande amigo, fui convidada. Quer me levar ao baile? - perguntou ela com doçura.
Só de ouvir o nome do professor, a expressão de Holmes se transformou. Havia um misto de tristeza e obsessão em seu olhar.
- O que vai querer em troca? - perguntou à Senhora Reece, olhando-a seriamente.
- Em primeiro lugar, quero que a partir de agora, me chame por Lana. E em segundo, bem, vá jantar esta noite em minha casa e lá, eu lhe direi o que quero. - disse-lhe olhando apaixonada.
- Não foi à toa que seu marido morreu de infarto! - suspirou meu amigo.
- Sou dona do meu nariz e luto por tudo que eu quero. – respondeu ela, o encarando.
Holmes respirou profundamente.
- Muito bem. Não conte a ninguém que serei seu acompanhante. Não quero que o professor fique sabendo antes da hora e evite me encontrar. - advertiu ele.
Lana lhe deu um sorriso encantador, se voltando para se despedir de mim.
- Até mais, Doutor.
- Também estou de saída Senhora Reece, posso lhe acompanhar? - pedi-lhe gentilmente.
- Será um prazer Doutor, mas por favor, me chame por Lana, enquanto ainda não posso ser chamada por Senhora Holmes. - brincou ela.
Meu amigo olhou para o teto muito bravo, se segurando para não perder a paciência.
- Até mais Holmes. - despedi-me dele, saindo com Lana o mais rápido possível, antes que ele atirasse a Senhora escada abaixo.
Entrei com ela na mesma carruagem, onde pude contar-lhe minha apreensão.
- Lana, estou muito preocupado com este encontro entre Holmes e o professor. - confessei-lhe.
- Por que Doutor? Sherlock não quer apenas conhecer o professor? – estranhou ela.
- Como posso lhe explicar, querida? Mesmo sem conhecê-lo, este professor trouxe a mim e a Holmes lembranças terríveis. Este encontro pode ser muito perigoso para o meu amigo. - contei-lhe.
- Eu não entendo. - Lana mostrou surpresa.
- O que posso lhe contar Lana, é que há uma história muito dolorosa no passado de Holmes, e temo que o encontro com este professor possa trazer esta história de volta e causar-lhe muito sofrimento. Meu coração parece se espremer quando penso neste encontro. É como se eu pressentisse que algo de muito ruim vá acontecer. - expliquei-lhe.
- Eu não sabia Doutor. O que devo fazer? Devo desconvidá-lo? - perguntou-me apreensiva.
- Isso não vai adiantar. Agora que ele sabe, será capaz de qualquer loucura para entrar neste baile. - conclui.
- Acredite, se eu soubesse, jamais o teria informado sobre o baile. E se eu contar para os amigos do professor que Sherlock estará no baile, segundo o próprio Sherlock, isto poderia evitar o encontro. - propôs ela.
- Creio que não vai adiantar Lana. Holmes está obcecado por este encontro e é apenas uma questão de tempo para acontecer. Eu preciso estar com ele, você teria como arrumar mais um convite? - pedi-lhe.
- É claro que sim. Informarei que vou levar um casal de amigos, além do meu acompanhante. Tenho privilégios por ser viúva do Doutor Reece. - concordou ela.
- Obrigado querida. Vejo que você se interessou realmente por Holmes, mesmo ele sendo mais velho que você. - observei.
- As pessoas não acreditam, mas me casei apaixonada pelo meu falecido marido. Prefiro a experiência e a inteligência de homens mais velhos. Quando vi seu amigo dormindo no hospital, não sabia ainda de quem se tratava, mas me senti profundamente atraída. Eu sei que seu jeito rude é mera defesa, no fundo ele é encantador. - confidenciou-me.
- Lana, preciso lhe precaver de que Holmes só amou e amará uma única mulher. - tive que ser sincero com ela.
- Quem é ela, Doutor? - assustou-se.
- Ela foi uma das mulheres mais incríveis que conheci e morreu protegendo Holmes de um tiro. - acabei lhe contando.
- Então ela está morta. - disse Lana, parecendo aliviada.
- Acredite querida, para Holmes ela continua viva e presente em sua vida. - adverti-lhe.
Deixei a Senhora Reece, um pouco triste, em sua casa e segui para meu consultório.
Devido ao tempo que fiquei fora, minha agenda estava cheia, o que me ocupou vários dias trabalhando muito. Entre uma consulta e outra, pensava em Holmes e na angustia que deveria estar sentindo. Aquele anel também me causava náuseas.
No dia anterior ao baile, recebi os convites enviados por Lana através de um mensageiro.
Mary já sabia de minhas preocupações e tinha uma visão mais otimista da história. Para ela, nós encontraríamos um bondoso professor que comprou aquele anel de um coitado qualquer.
Na noite do baile, Holmes, muito elegante com sua bengala, chegou à nossa casa em uma carruagem. Ele queria estar acompanhado quando fosse buscar a Senhora Reece, obviamente para não ficar sozinho com ela.
“O que será que Lana pediu a Holmes naquele jantar?”, fiquei pensando.
- Mary, você está linda. - disse meu amigo, beijando a mão de minha esposa.
- Obrigado Holmes. Que bom revê-lo. Esperei que viesse jantar conosco depois que voltamos da viagem, mas você não apareceu. - reclamou Mary.
- Desculpe-me querida, nesses dias estive de muito mau humor, seria uma companhia insuportável. - redimiu-se.
Holmes me olhou triste.
- Obrigado por me acompanhar mais uma vez, Watson. - agradeceu-me.
- Somos um time, Holmes. - respondi-lhe.
Entramos na carruagem e seguimos para a casa de Lana. A jovem estava deslumbrante em um vestido preto e ficou ainda mais radiante com meus elogios e os de Mary. Holmes limitou-se a cumprimentar lhe com um “Como vai”.
Sentados na carruagem, conversamos sobre trivialidades, enquanto Holmes, calado e pensativo, olhava pela janela mordendo o seu dedo polegar.
No baile, fomos recebidos pelo anfitrião, um senhor de idade bem avançada.
- Senhora Reece, muito nos honra a sua presença. - beijou-lhe a mão o senhor.
- O prazer é meu Senhor Philips. Estes são o senhor e a senhora Watson, e este é... - Lana travou, não sabendo se poderia anunciar Holmes.
- Holmes, Sherlock Holmes. - apresentou-se meu amigo.
O homem, que apresentava dificuldades na visão, arrumou os óculos no rosto para conseguir enxergar meu amigo.
- Senhor Holmes, o famoso detetive? Mas que agradável surpresa. O Professor Moriarty ficará muito feliz em conhecê-lo; ele é um grande admirador de sua pessoa. Acredita que ele tem um arquivo sobre tudo o que já foi publicado a seu respeito? - confessou-nos o senhor.
Eu e Holmes nos olhamos desconfiados.
- Obrigado por me receber, Senhor Philips. Espero ter o prazer de conhecer o professor esta noite. - disse Holmes, de forma gentil.
- Farei questão em apresentá-los, entrem, entrem. - convidou-nos o cavalheiro, nos acompanhando até uma mesa reservada.
Enquanto as senhoras conversavam, eu observava Holmes analisando os demais convidados. Seu olhar percorria todos os detalhes das roupas e dos objetos que mostravam, deduzindo fatos sobre as pessoas que estavam ali.
“É melhor que este mistério termine logo.” - pensei.
- Sherlock, me convida para dançar? - pediu Lana.
- Óbvio que não! Watson, vá dançar com esta senhora. - pediu-me meu amigo.
- Holmes! - reclamou Mary.
- Perdoe-me Mary, ainda não perdi o hábito de mandar o Watson fazer as coisas de que não gosto. - explicou-se com a maior naturalidade.
Para mudar o assunto e entreter Lana, passei a lhe contar como eu havia conhecido Mary, no dia em que ela foi procurar Holmes para resolver o mistério do desaparecimento de seu pai. Os olhos da Senhora brilhavam enquanto ouvia muito interessada toda a história.
Por um momento, voltei meu olhar para meu amigo e o vi petrificado; parecia que nem respirava. Olhei para o outro lado do salão e lá estava ele, como se eu estivesse tendo um pesadelo.
Obviamente de aparência bem mais velha, havia emagrecido e seu cabelo branco um pouco comprido, estava amarrado em um rabo abaixo da nuca. Mas o olhar penetrante não deixava qualquer dúvida, era Rathe.
O professor encarou o olhar frio de Holmes como se esperasse por aquele momento.
Senhor Philips cochichou algo em seu ouvido e o professor consentiu com a cabeça. Com certeza estava lhe convidando a vir até nós para as apresentações.
Os dois caminharam até a mesa onde estávamos e meu coração disparou. Eu e meu amigo nos levantamos para recebê-los.
- Senhor Holmes, apresento-lhe o Professor Moriarty. - anunciou Senhor Philips.
Holmes mal conseguia disfarçar o ódio em sua expressão.
- Enfim nos encontramos! Que grata surpresa estar diante do famoso Sherlock Holmes, uma das mentes mais brilhantes que já ouvi falar. - disse o professor, sarcátisco.
Holmes permaneceu calado, parecia fazer um esforço sobrehumano para não matar o professor asfixiado ali mesmo.
Olhei para as senhoras e ambas estavam assustadas. Lana lembrou-se sobre perigo que eu havia lhe advertido e Mary entendeu que as suspeitas de Holmes se confirmaram. Rathe não morreu no lago congelado.
- Siga-me Senhor Holmes, vamos conversar em uma sala reservada. - convidou o professor.
Holmes partiu atrás dele e eu o segui, mesmo sem ter sido convidado.
Moriarty nos levou para um escritório, onde se sentou em uma enorme poltrona atrás de uma mesa.
- Não me lembro de ter lhe convidado. - disse o professor se dirigindo a mim.
- O senhor encomendou a minha morte. Tenho todo o direito de estar aqui e saber o porquê. - repliquei.
- Sentem-se. - apontou-nos os sofás da sala.
Holmes permaneceu em pé, fitando-o como se quisesse matá-lo.
- Como pode estar vivo? - enfim meu amigo conseguiu falar.
Rathe sorriu, após um longo suspiro.
- Lembro-me como se fosse hoje. O frio da água cortando o meu corpo como se fosse uma navalha. Minha mão lhe implorando ajuda e você assistindo imóvel o meu desespero. Meu corpo afundou e a dor que senti foi dilacerante; era como se meus órgãos estivessem se transformando em pedra. Não sei de onde tirei forças para voltar para a superfície, mas dei com a face no gelo cobrindo todo o lago. Já não havia mais ar em mim enquanto me debatia desesperadamente para quebrar a superfície congelada e poder respirar. Fui me arrastando pelo gelo até que encontrei uma armação de ferro dentro do lago; subi por ela e consegui sair. - esclareceu-nos.
- A máquina voadora. - lembrou-se Holmes.
- Exatamente. Após o tempo que levei para recuperar o fôlego, descobri que eu estava em cima da máquina voadora de Waxflatter. Você deve ter a usado para chegar em meu templo e a deixou ali, afundando no lago. Foi o que salvou a minha vida. - revelou o professor.
- Onde esteve todo esse tempo? - continuou meu amigo.
- Refazendo a minha vida; você destruiu tudo o que eu tinha. Você tentou me matar! - respondeu Moriarty.
- Você matou Elizabeth! - retrucou Holmes.
- Você matou a minha irmã! - levantou-se o professor esmurrando a mesa.
- Você matou meu mentor! - gritou Holmes.
- Você era muito mais que um aluno para mim, Holmes. Eu tinha fascínio pela sua inteligência. Você era o filho que eu sonhava em ter. Eu tinha planos para nós dois; eu seria o seu mentor. - revelou o professor.
- Não seja tolo, acha mesmo que eu me tornaria um criminoso como você? - respondeu-lhe Holmes.
- Quando recebi o convite de casamento de seu amigo, entendi que você havia me descoberto. Como conseguiu? - perguntou o professor.
- Os babacas que tentaram matar Watson me deram a pista. Fui investigar a sua sala no colégio e encontrei o anel na sua mesa de trabalho. - contou-lhe Holmes.
- Mais cedo ou mais tarde, eu sabia que você me descobriria. Sabe Holmes, confesso que eu tinha ciúmes de sua relação com Waxflatter. Quando você foi expulso, eu estava decidido a não perder você de vista. Eu encontraria uma forma de estar presente na sua vida. Juntos, construiríamos um império. - disse Rathe, recordando o passado.
- Que ironia! Justo eu foi quem destruiu seu templo e seus planos. - sorriu meu amigo.
- Eu estava em estado
de choque quando sai daquele lago. Cada vez que respirada,
parecia que uma espada entrava em meus pulmões. Retornei para meu
templo em chamas, arrastando-me em busca do calor do fogo
para sobreviver. Nos escombros, encontrei um corpo carbonizado. Só consegui
reconhecer que era minha irmã por causa dos brincos e da
pulseira de ouro que eu havia lhe dado. O ódio que eu senti por você
foi o que me deu forças para vencer à morte; eu tinha que viver para me
vingar. - prosseguiu Moriarty.
- Eu não tive a intenção de matar sua irmã. E naquela noite, você também me destruiu. Você me tirou o que mais eu amava em minha vida, me tirou Elizabeth. - disse Holmes, visivelmente controlando sua raiva.
- Eu atirei em você! A estúpida não estaria morta se não tivesse entrado na sua frente. - retrucou o professor.
- Você a sequestrou e a levou para seu templo para matá-la. - insistiu meu amigo.
- Eu sempre lhe disse para nunca substituir a razão pela emoção. Ela era uma péssima influência para você. Meu plano realmente era embalsamar a sua namorada e pela manhã eu lhe convenceria de que ela havia fugido. Depois eu faria de tudo para reconquistar a sua amizade. Você realmente era muito importante para mim. - confessou o professor.
- Não sei se tenho mais ódio de você ou de mim, por não ter descoberto quem você era de verdade antes daquela noite. Elizabeth hoje estaria viva. Se você voltou para se vingar de mim, por que tentou matar Watson? – continuou meu amigo.
- Para desestruturá-lo. Deixá-lo emocionalmente abatido tornaria mais fácil a minha vingança. Eu vou mata-lo Holmes. – revelou Moriarty, sentando-se calmamente em sua mesa.
Senti uma vontade imensa de sacar a pistola que eu tinha escondida em meu casaco e matar o professor ali mesmo. Não fiz por lealdade a Holmes; conhecendo-o como eu conhecia, sei que ele não aprovaria meu ato.
- Todos esses anos e você continua o mesmo covarde Rathe, ou devo chamá-lo de Eh Tar ou Moriarty? Sempre se escondendo atrás de nomes falsos e da máscara de professor respeitável. Sempre se escondendo atrás de assassinos que fazem o que você não tem coragem de fazer. Você é uma fraude. - provocou meu amigo.
- Eu posso acabar com você quando eu quiser! - Moriarty novamente levantou-se esmurrando a mesa.
- Então marque o dia, a hora e o local! - desafiou meu amigo.
- O que está me propondo? Um último duelo? - confrontou o professor.
- Exato. Esta história pertence a nós dois, não envolva mais ninguém nela. Agora que sei que está vivo e conheço sua identidade falsa, vou lhe dar uma chance para me enfrentar. Se não aceitar, vou destruir sua vida de uma vez por todas. E se tentar algo contra o Watson novamente, vou lhe deixar mais irreconhecível que sua irmã! - ameaçou Holmes.
- Muito bem Holmes, vamos resolver nossa história. Só nós dois! Que arma escolhe? - sorriu Moriarty, aceitando o duelo.
- A sua preferida. - respondeu meu amigo.
- Em breve saberá onde me encontrar. Suas emoções serão a sua derrocada, Holmes. - disse Moriarty, com o olhar de uma serpente observando sua presa.
Capitulo 10 - O Duelo
O trabalho Fanfic Young Sherlock Holmes - O
Reinicio de Morcega
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